sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Joliz

Versão I.
À medida que a cantiga das águas mordazes tona, transversalmente, pela voltívola delonga dos vãos, azinhagas, betesgas e congostas galivam-se em nossas ansas de preamar e baixa-mar. Gramamos, meno, o atufar estirado em uma viscidez nutrida por brisas e favônios, dulcificada pela tenção entourida pela cerração, pelo senceno. Enleados, meno, a tenção perquirirá por um quinhão de torrões onde haja brandura.

Versão II.
À medida que a cantiga das águas mordazes tona, transversalmente, pela voltívola delonga dos vãos, veredas debuxam-se em nossas brechas de preamar e baixa-mar. Padecemos, espero, o demorado submergir em uma viscidez, nutrida por brisas e favônios, dulcificada pela tenção. Enovelados, espero, a tenção ofegará por um quinhão de torrões onde haja brandura.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ecco mormorar l’onde***

Enquanto a luz invade a manhã deixando-a nem tão fria nem tão custosa, mas sim com fulgor de novidades, enquanto o ar fresco faz tremer as frondosas árvores dando os primeiros movimentos ao dia que nasce, enquanto tudo se faz coberto por uma tênue casca dourada, eu paro. E, com olhos fechados, evito respirar. Desço a cortina, fecho a porta, deito. A escuridão abraça, o frio acalenta, a inércia me adormece.


Enquanto a luz invade a manhã deixando-a nem tão fria nem tão custosa, mas sim com fulgor de novidades, enquanto o ar fresco faz tremer as frondosas árvores dando os primeiros movimentos ao dia que nasce, enquanto tudo se faz coberto por uma tênue casca dourada, eu paro. E, com olhos abertos, deixo a luz me queimar a alma, respiro. O peito tomado, fecho os olhos. A luz me abraça, o calor acalenta, a vida me desperta.


Enquanto a luz invade a manhã deixando-a nem tão fria nem tão custosa, mas sim com fulgor de novidades, enquanto o ar fresco faz tremer as frondosas árvores dando os primeiros movimentos ao dia que nasce, enquanto tudo se faz coberto por uma tênue casca dourada, eu paro. E, com olhos pouco atentos, deixo tudo escapar. Respiro, porque preciso. O sol queima, fecho a janela. A beleza me visita, e eu sem olhos de apreciar.

Luara Quaresma disse...

voce escreve mt bem!